terça-feira, janeiro 05, 2010

Liberdade de expressão! Ou texto que jamais seria lido em um jornal...

O costume faz o monge. Ou vice-versa. Ah, a filosofia não vem ao caso, quando o papo é simples e rasteiro. Seguinte: a gente sabe que os jornais nascem com notícias velhas. Notícias que já foram lidas no dia anterior, na web. Pelo menos, pro ainda pequeno público deste país que pode se utilizar do computador. O outro, o maior, não lê mesmo. Ou os R$ 2 e 50 faltam pro ônibus, ou não tem interesse mesmo.

O problema é que estas certezas, chatérrimas de explicar e serem entendidas, especialmente por antigos jornalistas, leitores e companhias limitadas, viram cacoetes, hábitos. O que significa, nem pensar em desistir da leitura diária in loco dos jornais. Sujando bem as mãos de tinta, pra ficar mais gostoso. E pra que não falte nunca - outra neurose jurássica - é bom se resguardar com a assinatura. Quando há a impossibilidade do dito ser entregue, bonitinho na portinha de casa, coisa que sempre acontece no verão de transferências pra praia, aí é que dá mais vontade de ler.

Digo isto, pra explicar, porque, em plena manhã de domingoressaca, me pus em marcha atrás do Estadão pelos lados de um deserto Morumbi, em pleno dia 3 de janeiro. Mas cadê o Estadão? Fui encontrar na terceira banca! E me surprendi com a constatação que eu já desconfiava com os meus botões. Enquanto o Estado de São Paulo e até o populacho Diário haviam sumido, vários exemplares da Folha de São Paulo, a minha queriiiida Folhinha dos áureos tempos de chumbo, sniiiiiiiifando. Parecia chorar, de tão desprezada no suporte de jornais.

O que faz uma ditabranda, pensei ! Se bem que o Estadão também, né...

Bom, continuando... o fato não parece sazonal. "É verdade, faz tempo que a Folha sempre sobra", confirmou o dono da banca. Mas quer saber, Frias, Mesquitas, Marinhos, Macedos, Barros, Saads sempre se garantem", ironizou o jornaleiro.

Um unido e poderoso time de elite! Simples e rasteiro.